domingo, 6 de abril de 2008

Reorganizando as idéias

Sei que as últimas postagens têm sido lamentáveis.
Porém não pretendo apagá-las. Ficam como lembrança de que todo mundo tem um dia ruim, ou mais que isso. Mas tentemos resgatar o sentido desse blog. Isso nunca teve o intuito de ser um diário, e não vai se tornar um. Então partamos para alguma discussão que tenha de fato alguma relevância!

Todos concordamos que mais que os jovens, as crianças são o nosso futuro? Penso que sim! Então qual será o porquê de tantas tragédias infantis? São meninas torturadas, pai suspeito de assassinar filha... Onde esse mundo vai parar? Há muito tempo ouvimos falar das inúmeras crianças que morrem de fome na África, ou que são vítimas de minas... mas: “ah, isso é lá do outro lado do oceano... não há nada que eu possa fazer”. Explica? Talvez! Justifica? Não.

Não temos dado atenção ao que acontece ao longe, assim como fechamos os olhos ao que acontece no nosso país, estado, cidade, bairro, ou quem sabe até mais próximo que isso. No Brasil há inúmeras crianças nas ruas sem qualquer tipo de proteção. Proteção inclusive garantida pela constituição federal e pelo estatuto da criança. Passam fome, frio, não freqüentam a escola e não têm nenhuma perspectiva de futuro. 

Existem inúmeros casos de prostituição infantil. Garotas que deveriam estar estudando, ou até brincando, estão nas ruas ou são “exportadas”, e exploradas sexualmente. Meninos e meninas trabalham olhando vigiando carros, ou estão nos semáforos vendendo alguma coisa, panfletando ou “apresentando-se” em troca de qualquer trocado pra sobreviver, ou pra entregar a algum explorador de menores. Fora os que acabam no mundo do crime.

Até quando fecharemos os olhos a tantos absurdos que acontecem, não lá do outro lado do oceano, e sim do outro lado da calçada de nossas casas? A omissão é uma forma de concordar e dar continuidade a tantos atos desumanos de atentado ao futuro da humanidade. Se você não sabe o que pode fazer, comece por não se omitir. Denuncie qualquer tipo de abuso que presenciar ou souber. Não feche os olhos à realidade. Ao contrário, escancare-a, discuta o assunto, alerte o máximo de pessoas possíveis. E se tiver condições, faça parte de algum grupo de proteção à criança. Existem muitas ONG´s nesse sentido.

Enfim, o importante é que saibamos que o que plantamos hoje é o que colheremos amanhã. Se não por você, faça alguma coisa por seus filhos e familiares que continuaram nesse mundo quando você já não mais estiver. Não sejamos responsáveis pela inexistência de um futuro. Preservemos não só o ar, as águas e plantas... Preservemos principalmente as pessoas.

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