sábado, 16 de fevereiro de 2008

Deixe que outros falem por mim #1

Hoje, por falta de tempo e inspiração, não escrevi nada. Mas para não deixar passar em branco, fica aqui um poeminha!

"E algo que explode no peito.
Divaga meus pensamentos.

Não é sofrer nem lamentos.

É algo bonito e perfeito.

Que me faz chorar e sorrir.

É medo de meu coração se ferir.

Ao dizer o que ele está a sentir.

Em plena essa madrugada.

A lua no céu me faz de ti enamorada.

Porque foi pensando em você.

Que o sono se afastou de mim.

Deixando meu coração se abrir.

Aqui estou a dizer,

O que agora sinto por ti.

Vou te dizer meu amado.

Que feliz estaria a seu lado.

Sem pensar no futuro ou passado."

Autor Desconhecido

Amanhã, escrevo algo para compensar... Se alguém tiver alguma sugestão de tema, é só me falar!
Beijos!

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Divagações...

Observe uma fila de formigas. Elas se deslocam, uma após a outra, num ritmo constante. Era isso que eu estava vendo hoje de manhã, enquanto arrumava a casa. Lembrei-me então de uma vez ter ouvido que as formigas seguem umas as outras pelo cheiro que elas deixam no chão, formando um caminho. Passei o dedo no meio da fila. (Nossa que maldade!) Quando interrompi a passagem, as formigas se perderam. Ficaram ali, antenas tocando o chão pra tentar encontrar o caminho que deveriam estar seguindo. Rapidamente, o que era uma fila bem organizada, tornou-se um amontoado de pequenos pontos negros que não sabiam pra onde ir.

Fiquei pensando... “esses bichinhos são mesmo bobos! Porque não procuram um novo caminho?” Fiquei um bom tempo observando aquelas formigas sem saber para onde ir. Elas saiam do lugar onde eu havia interrompido seu caminho, mas ficavam sempre muito próximas àquele ponto, e logo voltavam. “São bobas mesmo!”, continuava pensando.

Foi aí que minha consciência então entrou em ação  e fiquem logo sabendo, ela é muito, muito sarcástica  “ Ha ha ha , olha só quem fala! Logo você, Juliana? Você que sempre leva a sua vida numa rotina incessante. Que nunca busca novos caminhos? Logo você que quando se vê diante de uma escolha opta pela alternativa mais segura? Pelo conhecido? Não, você não pode julgar essas pobres criaturas, você é igual a elas! Não, pensando bem, você é pior! Elas agem assim por instinto, vivem para isso, e é só o que sabem fazer! Mas você? Não, você é um ser racional, quer dizer, ao menos tem capacidade de pensar. Você poderia muito bem mudar de caminho. Mas não, insiste em não desviar da trilha!”.

Doeu! E doeu, porque eu não pude gritar MENTIRA, porque é a mais pura verdade. Aí então percebi que uma formiga passou reto pelo “engarrafamento” e acabou reencontrando a trilha, e foi seguida pelas outras, de volta ao trabalho que faziam antes. Essa formiga fez isso, não sei se por distração ou “coragem” de enfrentar o desconhecido. Mas foi ela (a formiga) que me deu esperanças. Tudo bem que ela faz com que as companheiras retomem a rotina, mas para mim essa formiga é desbravadora, ela é o que eu quero ser. Se lançou rumo ao desconhecido.

Tenho medo de mudanças, é verdade, mas sei que não sou a única, para falar a verdade isso é uma coisa natural de muitas pessoas. Talvez a consciência disso me faça diferente dessas pessoas, pois me faz querer mudar. E, sim, toda essa reflexão começou graças a "insignificantes" formigas, seres que às vezes nem percebemos, a menos que invadam nosso açucareiro.O mundo realmente pode nos surpreender, mesmo nas coisas mais pequenas!

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Lidando com as diferenças

Se todos gostassem só do azul, o que seria da cor de rosa? No mundo há lugar para todas as
cores, por isto é que o arco-íris tornou-se o símbolo internacional do movimento homossexual.

Estava conversando com um amigo ontem, e ele me pediu pra falar sobre um assunto muito polêmico, a homossexualidade.Antes de começar, peço que se você resolver ler este texto, o faça sem preconceitos. Não é nada científico. Apenas uma discussão “humana”, sobre algo que está presente no nosso dia a dia.

Espero que ninguém pergunte minha opinião sobre o assunto... Sinceramente eu teria de dizer que sou contra. Ah, não se assuste! Não é homofobia ao qualquer coisa assim. Na verdade, é uma pura questão de interesse. Estava vendo umas fotos da Parada Gay de Goiânia, putz, quanto homem bonito... Além disso, o tamanho da população feminina goianiense é gigantesco. Logo, se diminui a disponibilidade de homens no mercado, aumenta a concorrência, aí fica difícil! (Desconsidere isso, por favor!).

Confesso que estranho quando vejo um casal homo, mas isso é questão de criação. Nossos pais, muitas vezes, achando que estão nos protegendo (e por terem sido criados em um sistema bem menos liberal) nos escondem certas coisas, e quando as descobrimos ficamos meio chocados. Mas, como estamos em uma época que prega a tolerância, acabamos aprendendo a lidar com o que pra nós é diferente, e por vezes, estranho.

Pesquisei um pouquinho sobre o assunto, pra não falar muita besteira, e achei uma frase muito legal de Fernando Pessoa, "o amor que é essencial, o sexo um acidente: pode ser igual, ou pode ser diferente!". De fato, temos de amar o próximo, ser tolerantes com seus defeitos, elogiar as qualidades. A orientação sexual de cada um não deve interferir no relacionamento entre as pessoas.

Bem, não vou me aprofundar no assunto, não tenho conhecimento pra discutir isso. Não posso defender, e não vou acusar. Como disse no texto anterior, temos de deixar de ser tão preconceituosos. Devemos acima de tudo aceitar cada um como é, não moldar o mundo de acordo com um padrão imposto. Cada um que viva como lhe convier, afinal um dos fundamentos da sociedade moderna é a liberdade. Apenas lembrem-se, homo ou heterossexuais: “A sua liberdade termina onde começa a do próximo”. Temos de aprender a conviver com a diversidade, aceitar o pluralismo, respeitar o diferente.

Despeço-me aqui, beijos pra vocês! (Aliás, como diz o Lucas, Bejuju!)

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Por fora, bela viola, por dentro...

Recebi o seguinte e-mail hoje:
"No mundo atual está se investindo cinco vezes mais em remédios para virilidade masculina e silicone para mulheres do que na cura do Mal de Alzheimer. Daqui a alguns anos, teremos velhas de seios grandes e velhos de pinto duro, mas eles não se lembrarão para que servem".      (Frase do ano do Dr. Dráuzio Varella)

Isso me fez pensar sobre algo que na verdade não sai da minha cabeça, nossos valores. Já percebeu o quanto somos preconceituosos. Pré julgamos os outros pela aparência e utilizamos este mesmo critério para rotulá-los. As pessoas passam a ser conhecidas por suas características físicas. Então não temos mais João, Ana ou Maria, mas sim um "negão", aquela "gostosinha", ou a "baixinha". Deixamos de nos aproximar das pessoas, pois, se elas não correspondem a determinado padrão estético, não vale a pena conhecê-las. E, talvez, por tais atitudes estejamos deixando de conhecer nossos melhores amigos nesse momento.

No entanto, não somos bons em perceber nossas atitudes, preferimos procurar culpados, dizer que a mídia nos impõe padrões de beleza, ou que é assim e pronto, temos de nos adaptar. Não percebemos que cabe a nós aceitar ou não o que nos é mostrado. Preferimos seguir as tendências, sem questioná-las. Perguntamos o porquê de transtornos alimentares como anorexia e bulimia serem tão frequentes, o quanto as pessoas gastam em academias, em lipoaspirações, etc. Não percebemos, no entanto, como tratamos aquelas pessoas que não se enquadram nos padrões de beleza pré-estabelecidos.

E assim o mundo vai caminhando para um ponto onde o mais importante são estimulantes sexuais e silicone, cremes anti-rugas e plásticas. Grande coisa! Se por fora cada dia ficamos mais belos e apresentáveis, cada vez mais me vem à cabeça a frase: "era lindo(a), enquanto tava de boca fechada". Não cuidamos da nossa mente, do intelecto, gastamos tempo e dinheiro para cuidar de nossas "cascas", e não tiramos qualquer minutinho para ler um bom livro, assistir um bom filme, ou mesmo ter uma boa conversa com nossos amigos. Não nos esqueçamos que quando morrermos, nossos corpos perecerão, e se não tivermos nada mais que isso para apresentar, a morte será mesmo o fim.

Bem, acho que é isso, não relaxem no cuidado com seus corpos, dediquem mais tempo ao que verdadeiramente importa, no que você pode oferecer ao mundo. Corpinhos bonitos há de montão, mas pessoas inteligentes e com bom papo??? Isso tá cada dia mais escasso.

Pensem nisso!!!

Mãos a obra

"O mundo está de ponta cabeça e o meu futuro talvez nem aconteça"
As coisas acontecem de tal modo que já não sabemos mais nada do mundo onde vivemos. Estamos na era da informação, sabemos o que acontece em qualquer lugar do mundo quase instantaneamente. Mas não sabemos o que acontece dentro de nossas próprias casas, não sabemos ao menos o que acontece com nós mesmos. Se eu sei sobre o ataque às torres gêmeas, a tsunami, ou o andamento das eleições para a presidência dos Estados Unidos??? Claro! Mas as minhas dúvidas, inquietações, sonhos, eu conheço? Infelizmente, muitas vezes, esta resposta é não!

O mundo está de ponta cabeça, temos informações demais e conhecimento de menos. O que será do amanhã? Não podemos responder se ainda haverá hoje. Da forma como os acontecimentos sucedem-se, não é possível sequer saber se esse dia chegará ao fim ou se será o fim. Eis a importância da palavra, eis o porquê desse blog. Como diz na descrição "porque a vida passa, mas as idéias continuam". Quando chegar o fim, o meu fim, espero ter deixado algo concreto sobre mim. Se vai interessar a alguém? Sinceramente não sei. Mas os meus textos, reflexões, pensamentos e conclusões estarão postados aqui, a um "clique", para quem por eles se interessar.

Espero que sejam úteis para alguém, seja pra se se divertir com alguma asneira escrita, para discordar de tudo, para se identificar, para passar o tempo, ou perder tempo. Torço para que fiquem apenas boas impressões, mas se não for possível, que ao menos sirva como um exemplo a não ser seguido. Esse é um espaço para me descobrir como escritora, conto, portanto, com a colaboração de todos que puderem, para fazer isso da melhor forma possível.

Fico por aqui, esperando que algum dia alguém se dê ao tabalho de ler isso. E caso leia, já chegou até aqui mesmo, não custa nada deixar um comentário com opinião ou sugestão.
Até uma próxima.