segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Fraternidade e defesa da vida

Hoje fui à missa, e encontrei um tema interessante para discutir. Não, não vou falar de religião, ou tentar converter ninguém! O assunto sobre o qual decidi tratar é o tema da campanha da fraternidade desse ano cujo lema é "Escolhe, pois, a vida!".

Outro dia eu conversava com uma grande amiga, e discutíamos sobre quantas meninas próximas a nós estão grávidas. E ela acabou me dizendo que se isso lhe acontecesse, hoje, provavelmente teria coragem de abortar. Mas que com certeza se arrependeria pelo resto da vida. Isso mexeu comigo. Pensando bem, se há tantas jovens por aí a um caminho de tornarem-se mães tão cedo, quantas não haverão interrompem a gravidez, por pesarem o quanto isso lhes custará?

Será isso justo? “Só escolhe o aborto, aquele que já nasceu”. Essa frase ficou martelando minha cabeça. É muito fácil chegar à conclusão que um filho virará sua vida de cabeça para baixo. Mas e essa criança, ela também não tem direito de futuramente refletir sobre a própria vida? Pode ser duro ser mãe, mesmo quando é um evento planejado, imagine quando ocorre um “acidente”. Muitas moças correm o risco de serem expulsas de casa, inclusive. Mas acho extremamente egoísta pensar em aborto. Existem inúmeros métodos contraceptivos, cuja finalidade é justamente evitar essa situação. Podem falhar? Claro! Nenhum deles garante total eficácia. Porém, na maioria dos casos acidentais, o que ocorre é que não houve nenhuma proteção.

Eu pergunto, quem fez a “burrada”? O feto é que não foi! Então porque ele é quem deve pagar com a própria vida? Entendo que em muitas circunstâncias a mulher não tem estrutura para começar uma família. Mas mesmo assim a criança tem o direito de nascer. Se não crescerá ao lado dos pais biológicos, isso não vem ao caso. Há inúmeras famílias que sonham em ter filhos, gastam fortunas em tratamentos de fertilidade e até mesmo ficam anos em filas de espera de adoção. Se não quiser ser mãe, de fato, que pelo menos dê a essa criança a chance de nascer e encontrar alguém que a ame, e que se responsabilizará por ela.

Há outra discussão quanto ao assunto, que diz respeito à legalização da prática do aborto. Se isso acontecer, provavelmente o “peso na consciência”, que ainda é o que muitas vezes impede que a mulher recorra a essa solução, deixará de existir, e esta tornar-se-á banal. Devemos pensar na conseqüência de nossos atos antes de colocá-los em prática. E caso algo saia em desqcordo com o planejado, arquemos com as conseqüências.

Sei que isso pode parecer moralista ao extremo, e que muitas pessoas podem pensar que “ela só fala isso porque não é com ela”, mas é assim que vejo a vida. Conheço garotas que encararam o desafio. Não é fácil. Há muitos sacrifícios que se fazem necessários. Mas jamais lhes ficará o peso na consciência, e o trauma de ter um dia matado seu próprio filho!

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