quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Por fora, bela viola, por dentro...

Recebi o seguinte e-mail hoje:
"No mundo atual está se investindo cinco vezes mais em remédios para virilidade masculina e silicone para mulheres do que na cura do Mal de Alzheimer. Daqui a alguns anos, teremos velhas de seios grandes e velhos de pinto duro, mas eles não se lembrarão para que servem".      (Frase do ano do Dr. Dráuzio Varella)

Isso me fez pensar sobre algo que na verdade não sai da minha cabeça, nossos valores. Já percebeu o quanto somos preconceituosos. Pré julgamos os outros pela aparência e utilizamos este mesmo critério para rotulá-los. As pessoas passam a ser conhecidas por suas características físicas. Então não temos mais João, Ana ou Maria, mas sim um "negão", aquela "gostosinha", ou a "baixinha". Deixamos de nos aproximar das pessoas, pois, se elas não correspondem a determinado padrão estético, não vale a pena conhecê-las. E, talvez, por tais atitudes estejamos deixando de conhecer nossos melhores amigos nesse momento.

No entanto, não somos bons em perceber nossas atitudes, preferimos procurar culpados, dizer que a mídia nos impõe padrões de beleza, ou que é assim e pronto, temos de nos adaptar. Não percebemos que cabe a nós aceitar ou não o que nos é mostrado. Preferimos seguir as tendências, sem questioná-las. Perguntamos o porquê de transtornos alimentares como anorexia e bulimia serem tão frequentes, o quanto as pessoas gastam em academias, em lipoaspirações, etc. Não percebemos, no entanto, como tratamos aquelas pessoas que não se enquadram nos padrões de beleza pré-estabelecidos.

E assim o mundo vai caminhando para um ponto onde o mais importante são estimulantes sexuais e silicone, cremes anti-rugas e plásticas. Grande coisa! Se por fora cada dia ficamos mais belos e apresentáveis, cada vez mais me vem à cabeça a frase: "era lindo(a), enquanto tava de boca fechada". Não cuidamos da nossa mente, do intelecto, gastamos tempo e dinheiro para cuidar de nossas "cascas", e não tiramos qualquer minutinho para ler um bom livro, assistir um bom filme, ou mesmo ter uma boa conversa com nossos amigos. Não nos esqueçamos que quando morrermos, nossos corpos perecerão, e se não tivermos nada mais que isso para apresentar, a morte será mesmo o fim.

Bem, acho que é isso, não relaxem no cuidado com seus corpos, dediquem mais tempo ao que verdadeiramente importa, no que você pode oferecer ao mundo. Corpinhos bonitos há de montão, mas pessoas inteligentes e com bom papo??? Isso tá cada dia mais escasso.

Pensem nisso!!!

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